Moonstruck (1987)
“Ma, everything is different" e, bem, é mesmo.
Entre as conversas em italiano, as quais não são distinguiveis umas das outras aos meus ouvidos, tudo é muito diferente do “normal". A comédia romântica da tragédia, só para depois mostrar que existe ali um caminho sim, existe qualquer coisa ali que guie para um lugar melhor.
Quando somos transportados para a visão acolhedora da lua junto de diversos outros personagens do filme, talvez seja aí que descobrimos que há sim outro jeito. Ali se tem uma, duas, três, não sei quantas pessoas mirando em um único satélite brilhante. “A lua é linda" se passava na cabeça dessas figuras, ela transparece o inevitável futuro.
Futuro esse que não é de nenhum fim dramático, é apenas o fim, as coisas não vão como se espera desde o princípio. Nada de diferente do já dito tantas outras vezes, só talvez de maneira muito bonita. Os olhares frios logo no início, o narcisismo e a beleza de tudo isso sendo apresentado de maneira tão romântica, é tudo belo.
Na traição, no contentamento dos personagens em não se casarem nunca mais com essa pessoa que haviam prometido, mas também de se casarem uma vez mais com outra, quase que completamente estranha. É bonito demais como as coisas mudam de maneira tão estrondosa.